Bem-Estar

Rio Grande do Sul tem as maiores taxas de mortalidade por suicídio do país

O Dia Mundial da Prevenção do Suicídio ocorre anualmente em 10 de setembro. A campanha visa falar abertamente sobre o suicídio e, sobretudo, promover a colaboração entre partes interessadas e a auto capacitação para lidar com a questão através de ações preventivas. No Brasil, o Rio Grande do Sul é o estado que apresenta as maiores taxas de mortalidade por suicídio do país. Orgãos competentes registraram 1.548 mortes por esse agravo no estado em dados preliminares de 2023.

Dia Mundial da Prevenção do Suicídio: foto de mão branca segurando simbolo amarelo.
Reprodução/Pinterest

Por que é importante falar sobre o suicídio?

O mês de setembro tem como objetivo romper o silêncio em torno do suicídio, promovendo diálogos abertos sobre saúde mental e incentivando a busca por ajuda. Indivíduos de todas as idades e classes sociais cometem suicídio. Estima-se que as tentativas sejam de 10 a 20 milhões de pessoas a cada ano, por exemplo. Atualmente, com o sucesso da campanha do Setembro Amarelo, as pessoas começaram a compartilhar informações, possibilitando o acesso aos recursos de prevenção.

Dados do Rio Grande do Sul

Segundo o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, entre 2015 e 2023, foram realizadas cerca de 227 mil notificações de violência autoprovocada no Rio Grande do Sul. Destas, 30% foram classificadas como comportamento autolesivo e tentativa de suicídio. Em 2023, ainda que os dados sejam preliminares, foram registradas 1.548 mortes por suicídio no estado. Dos casos, mais de 80% são de pessoas do sexo masculino.

Sinais de alerta

Detectar seguramente que alguém está vivenciando uma crise suicida pode variar de pessoa para pessoa. Por isso, não se deve considerar os sinais de alerta isoladamente. Porém, certas ações podem indicar que um indivíduo está em sofrimento, principalmente se esses sinais se manifestam ao mesmo tempo.

  • Isolamento: as pessoas com pensamentos suicidas podem ignorar ligações e mensagens, além de cancelar compromissos e atividades sociais.
  • Falta de esperança em relação à vida: as pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, elas confessam se sentir cansadas e sem perspectiva de futuro.
  • Outros fatores: perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero e agressões psicológicas ou físicas.

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Como buscar ajuda

  • O CVV (Centro de Valorização da Vida) é uma ONG que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio gratuitamente. Os voluntários realizam o atendimento pelo telefone 188 (24 horas por dia e sem custo de ligação), chat, e-mail e pessoalmente em alguns endereços.
  • Os CAPS são unidades de referência secundária (intermediárias) de saúde mental, e têm como missão tratar de forma intensiva os portadores de transtorno mental grave com idade superior a 18 anos. Os pacientes podem solicitar atendimento diretamente nos CAPS de sua cidade, ou através de encaminhamentos do SUS.

Requisitos, documentos e informações para solicitar o serviço:

  • Cartão Nacional de Saúde (CNS)
  • Guia de encaminhamento da saúde mental (se vier encaminhado pela rede)
  • Comprovante de endereço (se não vier com o encaminhamento da rede)

Jennifer Ferreira

Graduanda em jornalismo com experiência em hard news no rádio e na TV. Escreve sobre moda, beleza e gastronomia na Like Magazine. Ama ler livros de suspense e romance, sempre acompanhada de um bom café. Apaixonada pelo mundo pop, sabe todas as notícias dos famosos e as músicas mais ouvidas da semana.

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