Você sabia que é comprovado pela ciência que os cabelos ficam mais bonitos e volumosos durante a gravidez? Porém, no pós-parto é totalmente diferente, pois muitos dos ganhos capilares da gestação são perdidos. Entenda o motivo que isso acontece e o que fazer no caso de queda de cabelo.
Durante o período gestacional, a mulher passa por diversas mudanças hormonais, como o aumento dos níveis de progesterona e estrogênio. Esses níveis exacerbados dos hormônios acabam influenciando em diversos processos fisiológicos do corpo, por exemplo o ciclo de renovação capilar.
Em suma, o ciclo do cabelo é composto por quatro fases:
- anágena: crescimento capilar;
- catégena: preparo para queda;
- telógena: repouso e queda do cabelo;
- quenógena: período de substituição por um novo fio.
O normal é que de 5 a 20% do cabelo esteja em fase telógeno regularmente, o que resume no ciclo de queda e renovação do cabelo. Já na gestação, é comum que menos de 5% dos fios estejam em fase telógena devido à ação dos hormônios femininos. Sendo assim, as mamães apresentam menos perda de cabelo.
Ademais, estudos científicos afirmam que nas gestantes os hormônios agem na maior espessura da haste capilar, resultando em cabelos mais volumosos, hidratados e iluminados.
Queda de cabelo no pós-parto
Pelo contrário, no pós-parto os hormônios femininos voltam aos seus níveis normais pré-gravidez. Sendo assim, sem a ação hormonal, a atividade que estava prolongando a fase anágena de crescimento capilar é interrompida e os fios entram na fase de repouso. Como consequência, a queda de cabelo aumenta abruptamente.
Falando da parte fisiológica, isso é apenas um ajuste do organismo para compensar a fase anágena, estendida devido à gravidez. Um ponto positivo é que se trata de um tipo de queda de cabelo, chamada de eflúvio telógeno, onde muitos fios entram simultaneamente na fase de repouso e perda de cabelo surge. Este efeito, na maioria das vezes, não precisa de tratamento específico, afinal o cabelo volta aos níveis normais de queda e crescimento entre 6 e 12 meses.
É preciso tratar a queda de cabelo pós-parto?
Diante do exposto, a queda de cabelo no pós parto é um processo natural de ajuste do organismo após um período de crescimento do cabelo. No entanto, esta queda capilar por ser mais duradoura para algumas mulheres, o que necessita de uma atenção especializada.
Déficit de nutrientes
Durante a amamentação, a mulher fica mais propícia a apresentar déficit de nutrientes, especialmente de ferro e vitamina D. Níveis baixos podem acabar afetando negativamente a saúde capilar, já que eles estão associados à vitalidade do cabelo e manutenção do fio.
Estresse
Cuidar de um bebê recém-nascido e sofrer com a privação do sono não é fácil. Todo esse estresse gerado pode sim influenciar na queda de cabelo, afinal o seu nível de cortisol aumenta.
Alopecia feminina
Por fim, não podemos deixar de comentar sobre a alopecia feminina, que pode agravar a perda de cabelo no pós-parto. A principal característica da doença é a miniaturização, que consiste no progressivo afinamento da haste capilar a cada ciclo de renovação do cabelo. Neste caso, é indicado que a mulher inicie, entre o final da gestação e começo do puerpério, um tratamento específico.
Mesmo que a queda de cabelo pós-parto seja inevitável, o tratamento capilar pode melhorar e diminuir os efeitos colaterais.