Não é de hoje que as cristaleiras fazem parte das residências, contribuindo para a praticidade na organização, além de conferir apelo estético. Em outras épocas eram associadas à nobreza por suas características clássicas e sofisticadas, e usadas para armazenar louças de porcelana, cristais e outros materiais de alto valor.
No entanto, com a evolução dos estilos de decoração, a cristaleira se modernizou, incorporando novos atributos que a tornaram uma peça versátil e esteticamente atraente para qualquer ambiente residencial. A arquiteta Rosangela Pena, do escritório de mesmo nome, destaca os motivos que fazem da cristaleira merecedora de valorização. Confira!
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A modernização da cristaleira
Hoje em dia, a cristaleira não só mantém seu charme e funcionalidade, mas também reflete o lifestyle dos moradores, exibindo objetos pessoais e decorativos. Rosangela afirma que, embora a cristaleira tenha passado por um período de menor popularidade, ela nunca saiu de moda.
O móvel, que antes tinha uma conexão com o rústico e o clássico, agora ressurgiu com força, sendo uma escolha frequente em seus projetos de design de interiores.
Mas, como tudo passa por modernização, as cristaleiras também já não são as mesmas do passado. Hoje, o móvel têm prateleiras ajustáveis e sistemas de LED embutidos que destacam as peças expostas. “Também está muito em alta a cristaleira em formato orgânico com suas bordas arredondadas”, explica Rosangela, ao dizer que o design minimalista é popular também neste tipo de móvel.
No projeto abaixo, a arquiteta Rosangela inseriu a cristaleira na parte interior do aparador, comportando também a adega.
Variedade de materiais e estilos
Antigamente, a cristaleira era feita quase unicamente em madeira. Hoje, o móvel existe em materiais, estruturas e formas variadas. Repaginada, a cristaleira atende a diferentes gostos e necessidades. Rosangela explica os diferentes estilos. Dessa forma, você pode escolher o que mais se adequa a seu projeto residencial.
- Rústica – Inspirada nas origens do elemento, a cristaleira rústica utiliza madeira maciça com entalhes e ferragens visíveis. Madeiras como mogno e pinho são comuns nesse modelo, proporcionando um visual despojado ideal para cozinhas e salas de jantar.
- Clássica – Feita de madeiras nobres como carvalho ou cerejeira, a cristaleira clássica é ornada com detalhes refinados e portas de vidro, perfeitas para exibir louças e cristais. O estilo provençal, com motivos florais e puxadores concha, é uma variação comum.
- Contemporânea – Utilizando materiais modernos como metal, vidro temperado e acrílico, a cristaleira contemporânea é ideal para projetos elegantes. Com iluminação LED embutida, prateleiras ajustáveis e compartimentos multifuncionais, essas peças trazem soluções inteligentes para a decoração.
- De parede – Projetadas para espaços compactos, as cristaleiras de parede são fixadas diretamente na parede e produzidas em serralheira, vidro ou madeira leve. Além disso, oferece uma opção minimalista e funcional.
Elemento decorativo
Conforme Rosangela, a cristaleira tem a característica da atemporalidade, ficando bem em qualquer projeto de design. Além disso, também é versátil, com destaque para sua imponência, beleza e base elegante para exibir coleções pessoais e objetos de valor sentimental. “Como uma camaleoa, ela é muito fácil de introduzir no projeto e receber seu merecido destaque”, observa.
Existe tamanho ideal?
Assim como ocorre na escolha de outros móveis, definir o tamanho da cristaleira dependerá da área disponível no ambiente. Para Rosangela é fundamental prestar atenção à proporção. Isto é, uma cristaleira pequena pode se perder em um espaço amplo, enquanto uma peça de grande porte pode dominar um cômodo menor. Portanto, considere o volume de itens a serem armazenados para escolher o tamanho adequado.
Vale lembrar que a cristaleira pode guardar louças, vinhos, taças, ou outros objetos e coleções que queira exibir. E com as portas em vidro, os itens guardados ficam aparentes. Assim, é necessário manter a organização em dia.
Restaurando peças antigas
Muitas pessoas têm cristaleiras antigas que foram passadas por gerações. Mesmo que não estejam em seu melhor estado, essas peças hoje são consideradas até como relíquias. Por isso, não descarte-as de imediato. Rosangela sugere fazer uma avaliação para determinar a viabilidade da restauração, preservando a essência do móvel. “Esses reparos se consistem na substituição de partes danificadas ou o refinamento dos desenhos originais”, orienta.
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