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Entenda a diferença entre FOMO e KOMO; ouça o Like 103.3

Metade dos adolescentes sente que não se encaixa na sociedade, indica um painel realizado no festival SXSW - South by Southwest

Publicado em: 04/07/2024 16:13
Última atualização: 09/07/2024 16:14

Metade dos adolescentes sente que não se encaixa na sociedade, indica um painel realizado no festival SXSW - South by Southwest. Realizado em Austin, nos EUA, a palestra discutiu o tema "Teens, Screens & Wellbeing: Youth in the Digital Age". O debate trouxe à tona dois termos significativos na discussão: o KOMO ("knowledge of missing out" ou, em tradução livre, "saber o que está perdendo") e o FOMO ("fear of missing out" ou, em tradução livre, "medo de perder").

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Katya Hancock, diretora executiva da ONG Young Futures, destacou que os adolescentes contemporâneos enfrentam um alto nível de solidão, com 50% deles se sentindo deslocados e 25% relatando sentimentos de solidão constante ou frequente. Emily Weinstein, pesquisadora de Harvard, observou que a tecnologia pode intensificar situações de estresse, especialmente o KOMO, que pode ser mais impactante que o FOMO. No primeiro caso, por exemplo, adolescentes podem se sentir excluídos ao ver fotos e vídeos de amigos em eventos dos quais não foram convidados.

Luiz Menezes, fundador da consultoria Trope especializada na Geração Z, participou do evento e enfatizou que essa faixa etária é central na discussão, sendo pesadamente envolvida na produção e compartilhamento de conteúdo digital.

Segundo estudo da Edelman no Brasil, a Geração Z é a que mais produz e compartilha conteúdo no mundo. “O fato é que a GenZ já utilizava muito as redes sociais, mas essa prática foi potencializada pela pandemia de Covid-19. Com o lockdown, as escolas ficaram um longo tempo sem ter aula presencial, então a forma de interação entre os colegas de escola foi totalmente digital. O uso das redes sociais não diminuiu após isso. Atualmente se debate muito a proibição de celulares em sala de aula, alguns estados brasileiros já proibiram ou pretendem proibir”, ressalta Luiz.

Os palestrantes enfatizaram que os adultos devem assumir a responsabilidade de ouvir os adolescentes com empatia. É crucial permitir que os jovens expressem suas próprias vozes e, além disso, oferecer suporte quando necessário, orientando sobre as consequências de ações no digital.

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