Podcast Like 103.3

Entenda a diferença entre FOMO e KOMO; ouça o Like 103.3

Metade dos adolescentes sente que não se encaixa na sociedade, indica um painel realizado no festival SXSW – South by Southwest. Realizado em Austin, nos EUA, a palestra discutiu o tema “Teens, Screens & Wellbeing: Youth in the Digital Age”. O debate trouxe à tona dois termos significativos na discussão: o KOMO (“knowledge of missing out” ou, em tradução livre, “saber o que está perdendo”) e o FOMO (“fear of missing out” ou, em tradução livre, “medo de perder”).

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Katya Hancock, diretora executiva da ONG Young Futures, destacou que os adolescentes contemporâneos enfrentam um alto nível de solidão, com 50% deles se sentindo deslocados e 25% relatando sentimentos de solidão constante ou frequente. Emily Weinstein, pesquisadora de Harvard, observou que a tecnologia pode intensificar situações de estresse, especialmente o KOMO, que pode ser mais impactante que o FOMO. No primeiro caso, por exemplo, adolescentes podem se sentir excluídos ao ver fotos e vídeos de amigos em eventos dos quais não foram convidados.

Mão segurando um celular
Reprodução/Pinterest

Luiz Menezes, fundador da consultoria Trope especializada na Geração Z, participou do evento e enfatizou que essa faixa etária é central na discussão, sendo pesadamente envolvida na produção e compartilhamento de conteúdo digital.

Segundo estudo da Edelman no Brasil, a Geração Z é a que mais produz e compartilha conteúdo no mundo. “O fato é que a GenZ já utilizava muito as redes sociais, mas essa prática foi potencializada pela pandemia de Covid-19. Com o lockdown, as escolas ficaram um longo tempo sem ter aula presencial, então a forma de interação entre os colegas de escola foi totalmente digital. O uso das redes sociais não diminuiu após isso. Atualmente se debate muito a proibição de celulares em sala de aula, alguns estados brasileiros já proibiram ou pretendem proibir”, ressalta Luiz.

Os palestrantes enfatizaram que os adultos devem assumir a responsabilidade de ouvir os adolescentes com empatia. É crucial permitir que os jovens expressem suas próprias vozes e, além disso, oferecer suporte quando necessário, orientando sobre as consequências de ações no digital.

Amanda Bernardo

Graduanda de jornalismo da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Cobre eventos e novidades de beleza, com foco em tendências e lançamentos de cabelo. Tem experiência em cobertura de feiras sobre decoração, como CASACOR e Mostra Glass. Além de repórter no digital, integra a produção do programa de rádio Like 103.3, do impresso e das redes sociais. Apaixonada pela escrita e por séries, livros e filmes de comédia romântica.

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