Se você gosta e acompanha o cenário de design de interiores, ou tem uma pasta de decoração no Pinterest com as ideias para pôr em prática futuramente (eu tenho!), provavelmente sabe que as tendências surgem com velocidade. Às vezes são elementos novos, outras vezes são ideias repaginadas para a decoração.
No entanto, ao mesmo tempo que muitas tendências encantam, podem surpreender com desafios na hora de implementá-las. Afinal nem sempre o que é bonito, é prático ou funcional. É isso o que aponta Priscila Poli, designer de interiores especialista em casa de férias e head designer à frente da Casamar, hub de design de interiores. Para te deixar mais consciente nas escolhas para o projeto de interiores, confira três itens que precisam um pouco mais de atenção e podem não ser tão queridinhos quanto parecem.
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Pouco custo com o closet aberto
Para quem não tem tanto espaço no quarto, por exemplo, o closet aberto se apresenta como uma solução prática para não ter um armário ou guarda-roupa, otimizando a organização e deixando todas as roupas, calçados e acessórios à vista. É também uma forma de economizar em móveis. Mas, é preciso atenção: em imagens tudo fica muito bonito, mas a Casamar alerta para a exposição dos materiais. “A exposição constante das roupas e objetos exige uma organização impecável e uma limpeza frequente. E o mais importante: suas roupas estarão suscetíveis à poeira e à luz, o que com certeza irá danificar tecidos”, destaca Priscila.
Modernidade e elegância do alumínio
Com característica de moderno, inovador, os itens em alumínio vieram para deixar os ambientes com aspecto de elegância. Hoje, o mercado apresenta diversas possibilidades de uso, como nos itens de decoração e painéis, que já estão presentes em muitas casas e projetos de interiores em mostras de design do Brasil. Mas, Priscila, adianta que esse elemento pode não ser muito durável. “Na Casamar, gostamos de enxergar para além da tendência. O alumínio, apesar de ser versátil, pode não ser a melhor escolha em termos de durabilidade. Como um romance de verão, ele encanta de imediato, mas seu impacto ambiental e sua tendência a perder o brilho com o tempo nos faz perguntar: será que vale a pena?.” Priscila também destaca que o alumínio tem outros pontos negativos: deixar o espaço mais frio, as marcas de dedos aparecem mais facilmente e interfere no isolamento acústico do ambiente.
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Estética vintage com a volta da palhinha
Desde 2022, a palhinha (aquele material dos móveis da casa da vovó) voltou com protagonismo para a decoração de interiores. Repaginada, com tramas variadas, é um material muito presente desde a cozinha a elementos do banheiro, jardim, varanda, quartos e sala. Traz uma estética leve, remete a memórias antigas por ser um elemento que não é novo, mas melhor aproveitado agora. Além disso, combina com casa de praia, casa na serra, no campo e até mesmo nos centros urbanos. Porém, tem suas ressalvas.
Segundo Priscila, a palhinha é um material delicado, que merece mais cuidados, e podem não resistir por tanto tempo ao uso no cotidiano. “A palhinha deve estar sempre 100% seca, sem nenhum foco de umidade – a mínima que seja já pode trazer consequências irreversíveis à fibra. E também deve ser limpa com muito cuidado e leveza, qualquer força adicional pode começar a dar “sinais de cansaço” na trama”, finaliza.
Embora tenhamos citados alguns pontos que merecem um pouco mais de atenção e escolha não impulsiva, Priscila salienta que esses itens não são proibidos nos projetos de decoração. “Consciência das escolhas é sempre o primeiro passo”, afirma.
Tendência do ripado
Aproveito e acrescento um quarto queridinho, que talvez dê trabalho na hora da limpeza: o ripado. Digo talvez porque ainda não tive contato com o material. Mas, parece ser algo que demanda um pouco mais de tempo para limpar, principalmente dependendo do lugar onde seja instalado, como o banheiro ou lavabo, locais que são impactados pela umidade.