Nem sempre é fácil decorar ambientes de poucas metragens. Mas, com criatividade, tem-se soluções práticas. É o que provam as arquitetas Mari Bittencourt e Deborah Tommaso, do escritório Ma.Dê Arquitetura, neste loft de 20 m², localizado no Rio de Janeiro.
O projeto foi criado para um norte-americano encantado pelas belezas cariocas, que de tão apaixonado, decidiu comprar um imóvel na cidade. Confira como as profissionais implementaram uma decoração funcional e acolhedora.
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Prático e aconchegante
Desenvolvido em um mês e quatro meses de obra, o projeto teve poucas exigências do futuro morador. As arquitetas se depararam com pedidos simples: espaços de armazenamento, um espaço para ver séries e jogar vídeo game, além de uma área de serviço para lavar e secar roupas, e um detalhe em particular, que a decoração refletisse as memórias afetivas.
Mari destaca que o objetivo era proporcionar uma atmosfera realmente de refúgio para o morador. “Queríamos que ele se sentisse em casa ao chegar nesse apartamento. Ele acompanhou todos os processos de longe, mas, quando a marcenaria foi entregue e montada, fizemos questão de não mostrar mais nada, criando um pouco de suspense. Ele adorou a ideia e ficou muito feliz ao entrar no apê pela primeira vez”, comemora.
Priorizando a marcenaria
Um dos destaques do projeto foi o uso da marcenaria em quase todos os ambientes. Com isso, foi possível a instalação de alguns armários praticamente do chão ao teto, aproveitando o pé direito alto do imóvel. Para as cores da decoração, o verde menta foi eleito como protagonista. Tanto na cozinha, na sala de estar, e principalmente, no quarto, a tonalidade se destaca nos ambientes, trazendo ainda a sensação de leveza.
Na paleta de cores ainda constam cinza, branco, preto combinando com tons amadeirados de alguns móveis. A disposição de objetos é discreta, sem exageros, contribuindo para a harmonização na décor. Isso também reflete na ideia de que o imóvel poderá ser locado nos meses em que o morador estiver fora do Brasil.
Funcionalidade em destaque
Para Mari e Deborah, o fato da planta do imóvel ser retangular, facilitou a setorização de espaços. Dessa forma, a cozinha fica logo à entrada, projetada em um corredor com todos os equipamentos necessários, e integrada à sala.
Conforme as profissionais, a sala é o local mais usado para o morador, para o trabalho e o lazer. Portanto, para esse espaço foi pensada uma solução para garantir a funcionalidade: o rack abaixo da televisão também tem a função de mesa, quando necessário. “O móvel possui duas alturas e, ao puxar as pontas, o rack se transforma em mesa, servindo para refeição ou trabalho, com bancos que servem de mesa central ou lateral no espaço quando a mesa está fechada. Também optamos por um sofá cama para casal na sala para caso seja necessário dormir mais gente”, explica Deborah.
Para otimizar espaço, a máquina de lavar roupa (de 4,5 kg) foi instalada dentro do armário superior do banheiro. O ambiente também acomoda dois toalheiros térmicos para ajudar a secar as roupas e as toalhas usadas no dia a dia, assim, uma solução encontrada já que o apartamento conta com apenas uma janela.
Aconchego na sala e quarto
Dois pilares entre a sala e o quarto permitiram fazer realmente a divisão de espaços. Ali, as profissionais instalaram portas de correr. Com vista para o Pão de Açúcar e a Enseada de Botafogo, a única janela fica no quarto, permitindo a contemplação da imagem, enquanto realmente parece emoldurada. Além do armário acima da cama, as arquitetas criaram uma estante também na cor verde menta e detalhes amadeirados para expor itens decorativos. Afinal, um dos requisitos do projeto era proporcionar o bem-estar.
Na parte central da estante há um quadro com imagem de mar, possibilitando ainda mais a conexão com a natureza que se vê pela janela. Segundo as arquitetas, isso é claramente perceptível nas palavras do morador, que diz sentir ‘uma pra prazerosa sensação de aconchego e calmaria ao olhar para a tela.”
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