Decoração

Conheça o slow morning, o estilo desacelerado do design de interiores

Diante de síndromes como ansiedade, estresse e burnout, cada vez mais frequentes em decorrência da correria dos dias e acúmulos de tarefas e prazos, um desejo que vem crescendo entre muitas pessoas é o desaceleramento. Com isso, muitos têm optado por ficar mais tempo fora das redes sociais e consumir menos notícias ruins. A tendência do slow morning (manhã lenta, em tradução literal) vem para suprir essa necessidade de pausa e aproveitar a manhã de uma forma mais completa, como por exemplo, preparar um café calmamente ou se dedicar a alguns minutos de leitura. Afinal, quem não gostaria de ter mais tempo para começar o dia melhor?

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O que é o slow morning?

O slow morning busca priorizar a saúde, integrando o conforto e bem-estar. A prática também vem sendo aplicada na arquitetura e no design de interiores para complementar a vivência mais agradável, conforme a arquiteta da A.Yoshii em Campinas, Lorena dos Santos. “A harmonia com a natureza e a preferência por atividades ao ar livre estão revelando uma maneira de viver bem”, pontua. Dessa forma, o conceito de slow living valoriza os artesanatos e produtos exclusivos, com destaque para itens com mais qualidade e durabilidade. “Esse movimento visa criar ambientes acolhedores e simples”, destaca.

Como implementar o conceito na decoração

Lorena explica que a proposta do slow morning na decoração baseia-se na construção de espaços aconchegantes e minimalistas, que trazem a sensação de bem-estar. Assim, vale pensar na ideia de ‘menos é mais’. Para ela, é perfeitamente possível inserir o conceito mesmo no meio urbano. Assim, amplos espaços integrados, janelas com vista de 360 graus do ambiente externo, luz e ventilação natural são algumas formas de implementar o slow morning no lar. “A ideia é utilizar materiais naturais, feitos de forma sustentável e que carreguem alguma história. O ambiente deve refletir e representar as pessoas que nele vivem”, afirma.

Neste exemplo de projeto da A.Yoshii, a decoração é neutra com acessórios minimalistas. “O movimento slow morning contrapõe-se aos excessos do consumismo e ao caos da vida moderna. Buscamos fomentar um ambiente que transmita harmonia, amplitude, paz e aconchego para os moradores”, aponta. “Essa tendência valoriza muito a qualidade de vida, o que se reflete nas escolhas para a decoração, em que menos é mais. A prioridade é: móveis de design aconchegantes e funcionais.”

Confira 5 dicas para aderir ao slow morning

Se você ficou interessado em incrementar o slow morning na sua casa, saiba que não é difícil. Aliás, com algumas orientações, você poderá vivenciar esse novo estilo de vida. Confira cinco dicas práticas.

Paleta de cores

O design de interiores minimalista prioriza a paleta de cores neutras e monocromáticas, a inserção de elementos decorativos de forma moderada e atmosfera clean e organizada. Assim, tem-se uma decoração mais serena, contribuindo também para um início de dia mais tranquilo.

Espaços arejados

Projetos inspirados no slow living costumam ter áreas voltadas para a contemplação. Por isso, priorize ambientes espaçosos e arejados, e crie espaços para o momento de relaxamento, leitura e contemplação.

Design biofílico

A conexão com a natureza é o principal destaque desse movimento. Para seguir esse estilo, coloque plantas e elementos naturais na sua décor. As cores terrosas, os materiais orgânicos e o aproveitamento da luz natural são boas opções para incorporar o design biofílico. É importante lembrar que as plantas também ajudam a melhor a qualidade do ar. Portanto, é mais um motivo para tê-las no lar.

Apelo tátil

Inserir texturas na decoração é uma forma de levar mais conforto para o lar. Nesse sentido, vale aderir aos tapetes macios, almofadas, sofás e poltronas confortáveis. Boas opções de materiais são a juta, algodão, barro, couro e lã.

Móveis que contam histórias

Ter no ambiente de casa móveis que carregam a marca de momentos e personagens é uma forma de ter pessoas queridas mais próximas, valorizando assim a decoração afetiva. Lorena sugere priorizar o mobiliário com mais durabilidade e qualidade. Assim surge também o slow movement, o apreço aos móveis com melhor acabamento, feitos de forma artesanal. Essa tendência utiliza matérias-primas locais e produtos que carreguem histórias, valores e sustentabilidade.

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Ana Paula Figueiredo

Jornalista formada pela Unisinos, pós-graduada em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais pela UniRitter. Atua desde 2007, com experiência em redação impressa de jornal e revistas, produção de conteúdos segmentados de branded content, e cobertura de feiras na área de design, decoração e arquitetura, como CASACOR, Mostra EliteDesign e Feira Internacional de Fornecedores da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis (Fimma Brasil). Fascinada por literatura, filmes, séries, gatos, café e escrita.

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