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TPM intensa está relacionada com a menopausa precoce?

Você sabia que mulheres que possuem a Síndrome Pré-Menstrual (SPM) têm o dobre de chances de desenvolver menopausa precoce?

Publicado em: 26/10/2023 10:54
Última atualização: 26/10/2023 10:57

De acordo com um estudo feito com mais de 3 mil mulheres, aquelas que possuem a Síndrome Pré-Menstrual (SPM) têm o dobro de chances de desenvolver menopausa precoce. A Síndrome Pré-Menstrual é um transtorno que acontece na fase lútea do ciclo e é caracterizado pela irritabilidade, ansiedade, dor de cabeça, mau humor, fadiga, ganho de peso e mamas doloridas.

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Além disso, também há o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), que é ainda mais grave. Esse é caracterizado por sintomas que podem interferir nas atividades rotineiras da mulher, tanto na vida pessoal quando profissional. Confira alguns exemplos: instabilidade emocional, mau humor extremo, ansiedade intensa e humor deprimido. O diagnóstico do TDPM precisa ser feito por um médico, levando em conta a exclusão de outras condições médicas, como transtorno de ansiedade, depressão, endometriose e problemas de tireoide.

Falando sobre a menopausa, ela corresponde ao último ciclo menstrual de uma mulher e normalmente inicia entre os 45 e 55 anos. Quando a última menstruação acontece antes dos 40 anos, é considerada menopausa precoce. Já se ela acontecer antes 45 anos é incomum, mas não é considerada precoce.

Para a coordenadora do setor de Saúde da Mulher do Hospital São Marcelino Champagnat e ginecologista, Renata Mieko Hayashi, é essencial que as mulheres façam acompanhamento ginecológico e entendam o seu corpo. "Cólicas muito intensas não são normais. Sangramento excessivo não é normal. Ter que mudar completamente a rotina devido a TPM ou ao período menstrual não é algo normal. Ter um profissional de confiança e atencioso é essencial para identificar problemas ginecológicos e considerar o melhor tratamento para cada caso."

Saiba os exames ideias para cada fase

Reprodução/Freepik

Adolescência

Antes de tudo, é preciso reforçar que a primeira consulta com um médico ginecologista deve ser feita na adolescência, principalmente depois da primeira menstruação. É importante ter o acompanhamento de um especialista nesta fase da vida, para fornecer informações sobre saúde íntima, métodos contraceptivos e como se proteger de doenças sexualmente transmissíveis.

Início da vida sexual

Após a primeira relação sexual, é preciso que a mulher esteja sempre atenda a necessidade de realizar o exame de Papanicolau. Além dos demais exames solicitados pelo médico.

Exames periódicos

O Papanicolau é realizado para detectar lesões precursoras do câncer do colo do útero e infecções pelo HPV. Ele deve ser feito anualmente, a menos que haja um parceiro fixo, nesse caso, a frequência pode ser reduzida para a cada três anos.

Entre 30 e 40 anos

Depois dos 30 anos, é recomendado a mamografia para mulheres que tenham histórico de câncer de mama na família. Para quem não possui, a recomendação vale a partir dos 40. Ademais, também é realizado um ultrassom pélvico para verificar o estado do útero, ovários e trompas. Exames de sangue também podem ser solicitados, dependendo de cada paciente.

Entre 40 e 50 anos

Nestas idades, a atenção à saúde das mamas é ainda mais importante, com a mamografia sendo realizada todos os anos. Além dos exames mencionados anteriormente, é aconselhável realizar uma avaliação cardíaca com um especialista. Aliás, o ginecologista deve monitorar o funcionamento da tireoide.

Entre 50 e 60 anos

Além dos exames já citados anteriormente, recomenda-se uma avaliação da densidade óssea para verificar o risco de desenvolvimento de osteoporose.

A partir dos 60 anos

Depois dos 60 anos, é preciso realizar um acompanhamento anual, com todos os exames listados a cima. Além disso, se possível, agende uma consulta com um neurologista para identificar eventual doença neurológica.

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