A empresária Faby Hoff, 47 anos, se reinventou após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ela se recorda do dia em que chegou em casa e comentou com a esposa, Débora Stenger, que estava se sentindo cansada naquela manhã de 8 de outubro de 2022. Sua companheira identificou os sintomas na fala e no braço, e a levou rapidamente para o Hospital Regina, em Novo Hamburgo.
Após o episódio, Faby diminuiu o ritmo. Quatro meses antes disso, já havia iniciado uma rotina mais saudável, incorporando exercícios físicos e um tratamento para parar de fumar depois de 29 anos. Ela ficou 13 dias no hospital e demorou um tempo até perceber o que de fato havia ocorrido.
Além disso, Faby relata que agora vive de maneira mais leve e que uma das consequências do AVC foi a perda de memória, que está gradualmente recuperando. Conseguiu retornar ao trabalho um mês depois, porém logo que voltou sentiu falta de recordar processos específicos e encontrou no hobby com as plantas, uma forma de ajudar na sua recuperação.
“Eu sempre tive uma vida muito ativa. Antes, cheguei a trabalhar durante três turnos. O AVC foi um divisor, após o acidente eu comecei a levar a rotina de maneira mais organizada possível. Acho importante focar no lado positivo. Atualmente estou malhando quatro vezes por semana, acordando mais cedo e também cozinhando — evitando pedir comida por aplicativo”, enfatiza.
Trabalho
A empresária administra há sete anos, em parceria com a irmã Tatiana Hoff, a empresa H. MARIA Joias Contemporâneas. A companhia já conta com 600 consultoras no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e funciona como uma plataforma de negócios para mulheres que querem empreender e alcançar autonomia financeira.
“Eu e minha irmã somos opostos. Sou de câncer e ela de capricórnio. Eu tenho formação em Relações Públicas, já ela em Matemática. Sou a mais sentimental e a Tati é bem mais prática, o que funciona muito bem para a empresa e em nossas vidas. Somos parceiras nos momentos bons e ruins”, avalia.
Recomeços: celebrar é preciso
Aliás, Faby acredita na importância das celebrações e conquistas na vida. Este ano, realizou o sonho de oficializar sua união, cercada de amigos e familiares. Sempre conectada e acreditando que a internet facilita muito no dia a dia das pessoas, ela conheceu a esposa em um aplicativo de relacionamento. A conexão foi grande e, seis dias depois, elas já estavam morando juntas.
“Eu queria muito casar e, este ano, conseguimos oficializar o sonho rodeadas de pessoas importantes. Reunimos 120 pessoas e, além disso, transmitimos em uma live. Como nunca tinha saído do País, optamos por ir para a Itália na Lua de Mel. Foi um ano tranquilo, mas repleto de momentos significativos. Também realizei a cirurgia de redução de mamas e abdominoplastia e estamos construindo uma nova casa”, comemora.
Recomeços de fé
Faby menciona que sempre teve muita fé, por exemplo, mesmo quando tudo parecia não ir tão bem e acredita que isso a fez superar os desafios da vida, até em períodos mais críticos, como a perda da mãe, ou quando perdeu o irmão em um acidente de moto.
“Eu tenho muita fé de que as coisas ruins também acontecem por um motivo e nos deixam mais fortes. Um dos aprendizados foi focar além dos pontos negativos. O importante depois que acontece algo ruim é respirar e continuar a se reinventar. A vida também pode ser muito boa.”
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Esta matéria compõe a reportagem especial sobre casamentos. Quer conferir mais novidades sobre o assunto? Então leia também:
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