Apesar de não ser um tratamento novo, o peeling de fenol tem, recentemente, ganhado popularidade entre os pacientes. Os motivos? Seus resultados são surpreendentes no rejuvenescimento da pele. Vale destacar que, com a popularidade das redes sociais, o antes e depois do procedimento tem recebido milhões de visualizações.
“O peeling de fenol é o peeling mais profundo de todos. Além de remover toda a epiderme — camada mais superficial do tecido cutâneo —, também retira parte da derme, promovendo um poderoso processo de rejuvenescimento da pele”, explica a dermatologista Dra. Mônica Aribi. No entanto, é comum surgirem casos de complicações relacionadas ao procedimento, levando, às vezes, até a morte. Por isso, muitas pessoas se perguntam: o peeling de fenol é seguro?
Siga a Like Magazine no Instagram
Riscos do peeling de fenol
Segundo a médica, realmente existem alguns riscos com a aplicação do fenol. “Devido a sua agressividade, o procedimento pode causar manchas, acromias (manchas brancas) e cicatrizes, especialmente em pessoas de pele mais escura, o que faz com que não seja indicado para esse público. Além disso, há o risco de infecções e a substância também é cardiotóxica e nefrotóxica. Isto é: pode causar danos ao coração e aos rins”, diz a dermatologista. Segundo ela, o peeling de fenol também possui um período de recuperação exigente, durante o qual o paciente não deve se expor do sol.
Porém, a especialista ressalta que, para aqueles que desejam um rejuvenescimento poderoso, o peeling de fenol ainda serve, basta adotar alguns cuidados. “O primeiro e mais importante passo para garantir um tratamento sem complicações é buscar um médico dermatologista devidamente qualificado e experiente. O profissional deve estar devidamente registrado junto ao Conselho Federal de Medicina e contar com RQE de dermatologista, que é o registro de qualificação de especialidade”, aconselha.
Avaliação
Antes do procedimento, o médico deve realizar uma avaliação para verificar se você está apto a passar pelo peeling de fenol. Até porque ele não serve para todos os casos. Normalmente, vale para pacientes com fototipos mais altos e grau elevado de fotoenvelhecimento. “É importante também entender se a formulação do peeling utilizado é realmente confiável. Vale se certificar de que o ambiente onde o procedimento será realizado esteja devidamente equipado para amparar o paciente em casos de complicações”, acrescenta.
Outros procedimentos
Por fim, a dermatologista acrescenta que, além do peeling de fenol, atualmente existe uma série de procedimentos capazes de promover rejuvenescimento. Todos eles possuem resultados muito similares, menor desconforto e praticamente sem tempo de inatividade. Ou seja: permitindo ao paciente retornar imediatamente às atividades rotineiras. É o caso dos lasers.
“Temos opções como o laser Yag do Fotona, que age em toda a superfície da pele, mas também atinge a derme. Então, atua no estímulo de colágeno em toda a região, por meio do aquecimento, para promover maior retração da região da face. Podemos ainda combiná-lo com outros tipos de lasers, como o Erbium de aplicação intraoral capaz tornar a pele mais firme, ou outras tecnologias, como o ultrassom microfocado ou a radiofrequência microagulhada. Tudo isso com o objetivo de conferir máximo rejuvenescimento”, pontua a Dra. Mônica Aribi.
Logo, o mais importante é que médico e paciente discutam as diferentes opções disponíveis para decidirem juntos o que é melhor para cada caso. “Não hesite em questionar ao profissional sobre vantagens e desvantagens de cada técnica, assim como sobre sua qualificação. Em caso de dúvida, busque uma segunda opinião. E, independentemente do procedimento, tome muito cuidado com preços abaixo do mercado, pois indicam um profissional desqualificado, uma formulação alterada ou um ambiente despreparado. Nada importa mais que sua saúde e segurança”, finaliza.